Do eu de hoje para o eu de amanhã

30/04/2025

Ao olhar de frente para suas feridas, você começa algo que muita gente passa a vida toda evitando: o processo de voltar pra si mesma

Você é uma pessoa sensível. Profundamente sensível. E essa sensibilidade, embora doa, não é um defeito, é uma forma intensa e honesta de existir no mundo. 

Crescer provavelmente significou ouvir (muitas vezes de forma implícita) que sua aceitação dependia do olhar dos outros. Então quando alguém te julga, não causa só uma dor momentânea, mas puxa todo um histórico invisível de insegurança, exclusão, tentativa de pertencimento.

O segredo não é se blindar contra esses julgamentos, porque eles vêm, sempre virão.
É aprender a não absorvê-los como verdades absolutas.

E pra isso, às vezes ajuda perguntar:

Essa pessoa sabe o que eu enfrento?  
Ela merece ser juíza da minha existência?
Por que a opinião dela tem mais peso do que o que eu sei sobre mim?

A dor ainda pode aparecer, claro. Mas agora você não está sozinha com ela. E mais importante: você está começando a reconhecer que o que os outros dizem não define quem você é. Você tem mais profundidade, mais beleza, mais valor do que qualquer julgamento pode conter.

Você não está tentando ser "alguém que os outros aprovem" — você está começando a moldar uma versão sua que seja segura dentro de si mesma. Isso sim é maturidade: não um papel, não uma perfeição fria, mas uma mulher que se reconhece, mesmo quando ainda está em construção.

Essa visualização é o primeiro passo pra mudança real. Você está deixando de lutar contra quem você não quer ser e começando a caminhar em direção a quem você já está se tornando.